CONCEPÇÃO DO MUNDO POR GRAMSCI


 

Partindo da premissa de que todos os homens são filósofos, Gramsci questiona se é preferível pensar sem disto ter consciência ou se é preferível elaborar a própria concepção do mundo de uma maneira crítica e consciente. Para ele, todos nós somos homens-massa ou homens-coletivos, o que implica num conformismo comum a todos. O que interessa então é saber qual é o tipo histórico de conformismo (e de homem-massa) do qual fazemos parte. Para isto surge a necessidade da crítica da nossa própria concepção de mundo, iniciada a partir do conhecimento daquilo que o homem é – produto do processo histórico até hoje desenvolvido – buscando compreender a concepção do mundo como algo que responde a problemas colocados pela realidade. A complexidade da concepção do mundo de cada um é verificada, segundo Gramsci, a partir da linguagem. A criação de uma nova cultura, segundo ele, está ligada à socialização das verdades já descobertas, não somente às descobertas "originais". SENSO COMUM X RELIGIÃO X FILOSOFIA = ao contrário da religião e do senso comum, pertence à ordem intelectual; é a superação da religião e do senso comum => elemento do senso comum desagregado CIÊNCIA X RELIGIÃO X SENSO COMUM Gramsci afirma não existir uma filosofia em geral, mas várias filosofias. A escolha entre diversas filosofias ou concepções do mundo muitas vezes ocorre de forma contraditória, no sentido de que pode-se pela palavra manifestar uma forma e pela atividade real de cada um se manifestar de outra forma. A coexistência de muitos sistemas e correntes de filosofia, portanto, deve ser explicada a fim de que sejam explicados o seu nascimento e a sua divulgação. Para isto, somente podemos utilizar a história da filosofia, que pode mostrar como se deu a elaboração do pensamento no curso dos séculos e como chegamos ao nosso atual modo de pensar. O saber filosófico do povo encerra similaridades com a filosofia dos intelectuais. Nelas, está implícito o significado de superação das paixões bestiais e elementares por uma concepção da necessidade que fornece à própria ação uma direção consciente. Surge, a partir daí, o que Gramsci considera o problema fundamental de toda concepção do mundo que se transformou em um movimento cultural, em uma religião, em uma fé, a necessidade de conservação da unidade ideológica de todo o bloco social no qual prevalece aquela ideologia. Nesse esforço de manutenção da unidade ele destaca a das religiões, a exemplo da Igreja Católica. No lado oposto, ou seja, da inexistência desse esforço de integração, ele situa as filosofias imanentistas e o idealismo, que não criaram um unidade ideológica entre o superior e o inferior, entre o povo e os intelectuais.

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Nada cai do céu. É necessário sair em campo, para a batalha, para a conquista do seu sonho. E, por fim, precisa acreditar em si, na sua capacidade, nas possibilidades infinitas e que a realização do seu sonho é possível. Em suma, o sucesso é o resultado da concretização das metas estabelecidas, do perfeito plano de ação, do trabalho empreendido em prol do seu ideal e da crença em seu potencial e na possibilidade da realização do sonho.
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